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Último dia de ADPF é marcado pela participação de grupos contrários a descriminalização do aborto

6 de agosto de 2018

Nessa segunda-feira, 6, está sendo realizado o segundo e último dia da audiência pública do Supremo Tribunal Federal sobre a ADPF 442, pela descriminalização do aborto.

Na parte da manhã, serão ouvidos líderes religiosos e grupos majoritariamente favoráveis a que mulheres que pratiquem abortos clandestinos sigam sendo criminalizadas com base em preceitos morais e religiosos (e que violam a laicidade do Estado).

Dos 13 arguidores desse dia, apenas as mulheres, 2, devem se manifestar favoráveis a que mulheres não devam ser presas por não poder seguir com uma gestação e que deixem de morrer em abortos clandestinos. São elas Zeca Rosado, da Católicas pelo Direito de Decidir, e a Pastora Lusmarina Campos, pelo Instituto ISER.

Dos contrários a descriminalização que debaterão hoje estão os bispos da reacionária CNBB, Dom Ricardo Hoerpers e Padre José Eduardo de Oliveira e Silva; além de expositores do Conselho Nacional do Laicato do Brasil na Arquidiocese de Aracaju/SE – CONAL; da Convenção Geral das Assembleias de Deus; da Convenção Batista Brasileira; da Sociedade Budista do Brasil; da Federação Espírita Brasileira; da União dos Juristas Católicos de São Paulo; da Associação dos Juristas Evangélicos; da Confederação Israelita do Brasil; da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil; e da Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro.

Logo cedo, por volta das 5h da manhã, ocorreu um chamado “ato ecumênico” da Frente Evangélica pela Legalização do Aborto, uma vigília interreligiosa em frente ao STF em Brasília, em que as religiosas fizeram preces pela laicidade do Estado em respeito aos direitos das mulheres.

As mulheres em protesto estão entrando com folhas de arruda nas vestes e no cabelo, erva associada a chás abortivos usados nas clínicas clandestinas. Além disso, cantavam palavras de ordem como “Igreja, Estado, assunto separado” ou “Legaliza, o corpo é nosso, é nossa escolha, é pela vida das mulheres”.

Na última sexta-feira ocorreu o primeiro dia de audiência, onde foram ouvidos representantes de órgãos ligados a medicina e pesquisa, particularmente nas áreas da obstetrícia, ginecologia e psicologia.

 

 

Fonte: Esquerda Diário