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Jornada Nacional da Resistência Urbana dá ultimato para governo Dilma Rousseff

7 de agosto de 2015

Em Jornada realizada nesta quinta-feira, dia 6 de agosto, a Frente de Resistência Urbana, da qual o MTST faz parte, deixou claro que se o governo federal não realizar novas contratações de moradias, no lançamento do programa ‘Minha Casa, Minha Vida 3’, previsto para o dia 10 de setembro, o movimento promete “parar o Brasil” com atos e ocupações nas principais capitais.
Os movimentos que compõem a Frente não deixam dúvidas sobre o objetivo mais imediato da Jornada Nacional que hoje ocupou com atos públicos e trancamentos de rodovias as cidades de Fortaleza, Belo Horizonte, Uberlândia, São Paulo, Goiânia, Belém e Porto Alegre: o lançamento imediato do ‘Minha Casa, Minha Vida 3’, adiado desde março.

Os movimentos convergiram seus esforços para uma negociação ocorrida no escritório da Presidência em São Paulo, na esquina da avenida Paulista com a rua Augusta, diante da atenção de 10 mil manifestantes vindos do vão do Masp. Outros milhares se manifestaram do Pará ao Rio Grande do Sul. Inês Magalhães, da Secretária Nacional de Habitação, e representante da Secretaria Geral da Presidência da República garantiram o lançamento do ‘MCMV 3’ para o dia 10 de setembro.

O movimento exige que as contratações de novas moradias sejam feitas imediatamente – e não no próximo ano, conforme tem sido aventado pelo próprio governo. A comissão do movimento era composta por membros do MTST, Must-Pinheirinho, Movimento Nós da Sul, Brigadas Populares, Direitos Urbanos e militantes da luta por moradia em Uberlândia.

Após reunião de cerca de 3 horas, os integrantes da comissão e a Secretária Nacional de Habitação anunciaram para a imprensa, na portaria do prédio, o acordo realizado, segundo eles com o aval da presidente Dilma Rousseff. Logo em seguida, a coordenação do movimento relatou para os manifestantes que o governo prometeu realizar novas contratações de moradias imediatamente após lançamento do programa ‘Minha Casa Minha Vida 3’, no dia 10 de setembro; e que concordou e deverá publicar no Diário Oficial da União novas regras para o acesso às moradias, conforme reivindicação feita anteriormente pela Frente de Resistência Urbana.

Em seu discurso para os sem-teto, Guilherme Boulos afirmou que a conquista de hoje será devidamente cobrada pelo movimento: “a decisão da coordenação do movimento, hoje, é que vai ou racha. Ou o governo assume o compromisso com novas contratações ou vamos ficar acampados na porta do escritório até que seja tomada uma decisão. Se no dia 10 de setembro chegar ao nosso ouvido a palavra adiamento, podemos garantir que esse país vai pegar fogo. Dia 10 é o limite. Se não for cumprido o acordo, aí vira palhaçada”. Ele alertou também que o movimento espera a aprovação da Medida Provisória da nova etapa do programa de moradia no Congresso Nacional tão logo seja enviada pelo Palácio do Planalto.

Os encaminhamentos relativos às reivindicações regionais dos movimentos que compuseram a Jornada serão informados em nota mais completa da Frente de Resistência Urbana.

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