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Guilherme Boulos afirma que usará referendo para administrar País

25 de junho de 2018
Ao Diário, pré-presidenciável do PSOL argumenta que há outras maneiras de fazer gestão e que a sociedade pode fazer parte do jogo político

Pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos prometeu que, se eleito em outubro, usará com constância o expediente do plebiscito para governar o País. Em visita ao Diário do Grande ABC na quarta-feira, Boulos declarou que utilizará a consulta popular caso veja manutenção do Congresso Nacional, que, segundo ele, possui relações viciadas com o Executivo.

“Eu sinceramente não acredito que o eleitor brasileiro coloque dois ‘Temers’ no segundo turno. Eu acredito que estarei lá representando a esquerda”

“Temos de envolver a sociedade no jogo político e só fazemos isso através de plebiscitos e referendos. Podemos pegar a reforma trabalhista e deixar que os cidadão decida, por que não?”, questionou o candidato, citando a Suíça, que, conforme ele, realiza ao menos dez consultas populares por ano.

Boulos foi questionado sobre a quantidade de candidaturas de esquerda nas eleições deste ano e se isso pode inviabilizar um nome deste viés ideológico em um provável segundo turno. “As candidaturas da centro-direita também estão fragmentadas. São, provavelmente, oito nomes que disputam por este espectro”, disse. “Eu sinceramente não acredito que o eleitor brasileiro coloque dois ‘Temers’ (em alusão ao presidente Michel Temer,MDB) no segundo turno. Eu acredito que estarei lá representando a esquerda”. Ele também prometeu que vai revogar a PEC do Teto de Gastos, que congelou despesas públicas para os próximos 20 anos.

O pré-presidenciável do PSOL voltou a dizer que a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é “farsa jurídica” e que defende que o petista consiga registrar sua candidatura ao comando do País. Lula foi preso em abril após condenação em segunda instância no caso do triplex do Guarujá. “Tenho minhas críticas a maneira de governar do PT, mas isso não me fará ser conivente com injustiça, como está acontecendo com o ex-presidente”. Indagado se acredita que o petista estará nas urnas, ele disse esperar que sim.

Professor, Boulos tem trajetória política intimamente ligada à política habitacional. Hoje é líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), missão que faz dele amado e odiado. A tática de ocupações é constantemente utilizada pelo grupo, que sofre questionamentos justamente pelo fato de ocuparem terrenos muitas vezes particulares.

Recentemente no Grande ABC o MTST promoveu a Ocupação Povo Sem Medo, em terreno pertencente à incorporadora MZM, no bairro Alvarenga. O movimento argumentou que 12 mil famílias participaram desse protesto. Após a ação, o governo do Estado se comprometeu a construir unidades habitacionais para essas famílias. Boulos também citou a construção de 910 apartamentos no Jardim do Estádio, em Santo André.

 

Por Daniel Tossato

Fonte: Diário do Grande ABC