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Doria ameaça grevistas e diz que reforma da Previdência “não afeta ninguém”

26 de abril de 2017

Fonte: Revista Fórum

O prefeito paulistano, além de se referir às mais de 100 milhões de pessoas que terão suas aposentadorias em risco como “ninguém”, ainda disse que vai cortar o ponto de funcionários públicos que aderirem à greve geral, cerceando o direito de paralisação garantido pela Constituição

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), se referiu às mais de 100 milhões (IBGE/2015) de pessoas em idade ativa que poderão ser afetadas com a reforma da Previdência como “ninguém”. Em entrevista à estação Super Rádio AM, na manhã desta terça-feira (25), o tucano defendeu os projetos de reforma da Previdência e trabalhista do governo Temer.

“A reforma da Previdência não afeta ninguém (…) A reforma trabalhista muda uma legislação arcaica que prejudica a todos”, afirmou.

Especialistas analisam que a reforma da Previdência fará com que menos pessoas consigam se aposentar e que a trabalhista representa praticamente um desmonte da CLT.

Na mesma entrevista, Doria ainda ameaçou os funcionários públicos municipais que aderirem à greve geral convocada para sexta-feira (28) com desconto do dia de trabalho, cerceando o direito de paralisação garantido pelo Constituição.

“Eu não apoio esse movimento. Funcionários municipais que aderirem terão seu ponto cortado. Se não trabalharem, terão um dia a menos em seu salário”, disse.

A Constituição Federal, em seu artigo 9º e a Lei nº 7.783/89 asseguram o direito de greve a todo trabalhador e consideram legítimo o exercício da greve exercício de greve quando o empregador ou a entidade patronal correspondentes tiverem sido pré-avisadas 72 horas nas atividades essenciais e 48 horas nas demais.

Diversas categorias, incluindo as de trabalhadores públicos municipais ameaçados por Doria, já anunciaram, com dias de antecedência, sua adesão à paralisação convocada pelas centrais sindicais e movimentos sociais.