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Famílias do MTST pressionam Vereadores de Guarulhos e conseguem aprovação que transforma terreno para moradias em ZEIS

22 de junho de 2018
Foto por Setor de Comunicação/MTST

Não foi fácil, mas as famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto conseguiram a garantia da conquista do terreno de 120 mil metros quadrados localizado no Jardim Centenário, em Guarulhos, onde serão erguidas as moradias populares para 2 mil famílias. A luta foi para pressionar os vereadores da cidade para colocarem em votação o Projeto de Lei (PL) que transforma a área em questão em ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) — ou seja, uma área que, segundo a lei, deve necessariamente ser destinada para a moradia popular.

A Câmara dos Vereadores de Guarulhos recebeu a manifestação realizada pelos Sem Tetos, presentes em grande número na praça Getúlio Vargas e nas ruas adjacentes. Isso porque boa parte dos vereadores ameaçava não pautar o PL, alegando que o projeto teria de passar antes por outras comissões da casa. A manobra serviria para adiar a questão indefinidamente, já que a Câmara entra em recesso nos próximos dias, postergando a votação por no mínimo 30 dias.

A multidão deixou claro que só deixaria o local, liberando a saída dos parlamentares, depois da devida aprovação do PL. Alguns vereadores chegaram a argumentar que passavam mal, pedindo por medicamentos.

Depois de mais de 6 horas de espera — além da votação de outros 4 Projetos de Lei, além do Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias para 2019 —, o PL dos vereadores Edmilson Souza (PT) e Eduardo Carneiro (PSB), referente ao terreno em questão, foi aprovado por unanimidade. Do lado de fora, um churrasco marcou a celebração do acordo na Câmara.

A aprovação representa a utilização, ocupação e parcelamento do solo urbano da área do Jardim Centenário, que será destinada às famílias que fizeram a sua luta nas ocupações Hugo Chavez e Povo Sem Medo de Guarulhos. Resta a aprovação por parte do prefeito Guti (PSB).

O terreno para as futuras moradias agora será cedido oficialmente ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, faltando apenas os demais processos burocráticos para o início das obras de construção.

MTST, A LUTA É PRA VALER