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Em nota, CNM/CUT repudia violência contra trabalhadores da Ocupação Povo Sem Medo

18 de setembro de 2017

Fonte: CNM/CUT

Presidente da Confederação reafirma apoio à luta do MTST por moradia e chama responsabilidade dos poderes públicos para uma solução pacífica à reivindicação das 6.500 famílias.

NOTA OFICIAL

CNM/CUT apóia luta do MTST e repudia violência contra trabalhadores da Ocupação Povo Sem Medo

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) vem a público externar o seu irrestrito apoio às mais de 6.500 famílias da Ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do Campo (SP), que foram alvo neste sábado (16/9) da intolerância daqueles que não aceitam a luta do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto pelo direito à moradia.

É inadmissível que uma luta legítima seja alvo de violência, como o ataque a tiros desferido por moradores do condomínio vizinho ao terreno ocupado pelas famílias, que feriu Aldinei Serapião da Silva, 40 anos.

Em nome dos metalúrgicos e das metalúrgicas da CUT de todo o país, a CNM/CUT repudia com veemência este e qualquer tipo de ato de violência, ao mesmo tempo em que chama a atenção do prefeito da cidade, Orlando Morando, e dos governos estadual e federal, para que busquem uma solução que aponte para o atendimento da reivindicação de moradias para estas famílias de trabalhadores e trabalhadoras.

A Confederação alerta ainda que é dever dos poderes públicos garantirem a segurança, a integridade física e a vida dos homens, mulheres e crianças da Ocupação Povo Sem Medo, sob pena de serem responsabilizados pelos resultados da omissão com que vêm tratando o caso.

Para nós fica cada vez mais claro que a falta de teto para essas e milhares de outras famílias é reflexo do descaso com que as políticas sociais voltaram a ser tratadas no Brasil, desde o golpe parlamentar-midiático que interrompeu programas inclusivos, como o de acesso à moradia, e está jogando ao desemprego, à pobreza e à miséria milhões de cidadãos e cidadãs.

Ao mesmo tempo, entendemos que é preciso interromper este ciclo de intolerância crescente por parte de uma pequena parcela da sociedade que é individualista e não sabe o real significado da solidariedade humana, como o episódio violento deste sábado deixou patente.

Neste sentido, de novo cabe a ação dos poderes públicos e a responsabilidade dos meios de comunicação em não se omitirem nem incitar os que se autoproclamam “cidadãos de bem” contra cidadãos que nada mais querem do que um teto para os seus filhos.

Por fim, reiteramos aqui nossa total solidariedade à Ocupação Povo Sem Medo e ao MTST, pela sua digna luta por moradia!

São Bernardo do Campo, 17 de setembro de 2017.

Paulo Cayres
Presidente da CNM/CUT