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Ato em apoio à Ocupação Povo Sem Medo de São Bernardo: Símbolo de Resistência para todo o País

19 de setembro de 2017

Por Brigada de Comunicação

Foto por Mídia Ninja

Domingo, 17 de setembro, será lembrado pela Ocupação Povo Sem Medo de São Bernardo, do MTST, além de um dia de resistência aos inúmeros ataques, inclusive físicos — como o tiro que atingiu um dos companheiros acampados –, mas também como um momento em que diferentes personalidades políticas, movimentos sociais e apoiadores se uniram em solidariedade a uma luta que ganha força e virou símbolo da luta de todo o país: o resgate da dignidade de toda a população duramente atacada com a retirada de direitos sociais e o cada vez mais negado direito constitucional à moradia.

Por volta das 17 horas, o líder do MTST, Guilherme Boulos, juntamente com outros coordenadores do movimento, iniciou o ato classificando o ataque a tiros sofrido pela ocupação como lamentável, e reforçou que a falta de diálogo por parte da prefeitura de São Bernardo acabou por promover a intolerância por parte de moradores dos condomínios que ficam ao redor dos acampados.

Boulos destacou que a presença das milhares de pessoas no ato, segundo estimativas, mais de dez mil pessoas, de forma pacífica, forte e seguindo na luta pelo resgate de direitos é a melhor resposta possível para todo o fascismo e preconceito sofrido pelos trabalhadores que estão em condições de desemprego devido à política criminosa praticada por um presidente ilegítimo, Michel Temer.

Em seguida, diferentes personalidades políticas como Eduardo Suplicy (PT – SP), Paulo Teixeira (Deputado Federal – PT/SP e integrante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados), Orlando Silva (PCdoB – SP), Vicentinho (PT-SP), representantes da CUT-SP, representantes do PSOL, deputados estaduais de São Bernardo e vereadores de cidades próximas, discursaram e repudiaram toda a violência sofrida, a covardia em negar o diálogo e negociação frente ao terreno (ocioso há cerca de 40 anos) e ainda reforçaram o quanto é preciso insistir na luta por moradia.

Apoiadores também se fizeram presentes como representantes de diferentes matrizes religiosas, como o Pastor Helio Rios, o Movimento Sem-Terra – MST, o Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, o Movimento Revolucionário dos Trabalhadores – MRT, o SINPRO e APEOESP — ligados à Educação e que planejam um censo sobre a escolaridade das crianças e jovens presentes no acampamento — somaram forças para a continuidade da ocupação, sendo todos fortemente aplaudidos.

Já era noite quando o ato se aproximava do final e, num momento de forte emoção, os acampados improvisaram reforço para a iluminação local utilizando as lanternas dos celulares e, assim, demonstrando o quanto a união de todos pode ser forte e trazer resultados. Nesse contexto, Guilherme Boulos encerrou o ato agradecendo aos guerreiros e guerreiras e reforçando que durante a semana um novo ciclo de lutas por moradia será iniciado, e que a presença de todos e todas será fundamental na busca por conquistas.

Sob aplausos finais, era perceptível, ao longe, em algumas janelas dos condomínios, moradores olhando por frestas a demonstração de paz, força e luta de trabalhadores que desejam respeito, dignidade e justiça para todos os cidadãos, independentemente de suas classes sociais e, muito diferente da canção dos anos 70, não são pessoas que estão apenas, do alto de suas “ricas” moradias, nas salas de jantar “ocupadas apenas em nascer e morrer”.

MTST, a luta é pra valer!